Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 082ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 22/09/2009
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores trago à tribuna, na tarde de hoje, um tema que muitas vezes é debatido e faz parte das reflexões de todos os nossos cidadãos e cidadãs, mas neste momento que estamos vivendo no estado de Santa Catarina faz-se profundamente necessário uma reflexão mais profunda no que diz respeito àquilo que no contraste com a vida está quase tornando-se rotineiro em nosso estado, que são as catástrofes.
Se prestarmos atenção, veremos por três momentos o povo de Santa Catarina ser altamente castigado e com reflexos profundos no que diz respeito ao ambiente, ao ecossistema do qual fazemos parte.
Só para trazer à memória, vivenciamos recentemente, em novembro de 2008, cheias e deslizamento que dizimaram muitas vidas no vale do Rio Itajaí. No primeiro semestre de 2009 tivemos uma estiagem fortíssima, que massacrou em torno de 130 municípios no estado de Santa Catarina. E neste mês tivemos outro momento dramático, com a morte de algumas pessoas - e poderia ter sido muito pior -, que foram os vendavais e os diferentes tornados que assolaram várias regiões do nosso estado. Então, diante desse acúmulo de ocorrências em nosso estado precisamos aprofundar o debate em torno das questões ambientais. É preciso aprofundar o tema, é preciso detectar ações práticas e concretas para que não soframos dramaticamente as conseqüências devido às questões ambientais.
Srs. deputados, existem estudos científicos que dão conta de que há uma tendência de que a cada ano o número de ocorrências catastróficas em diferentes regiões do nosso estado aumente. Isso nos remete ao segundo ponto que me parece extremamente importante, que é a questão da previsão desses fenômenos. E é nesse campo que acho que temos que aparelhar e qualificar cada vez mais a sociedade como um todo, mas também, não resta dúvida nenhuma, a Defesa Civil do estado, os municípios, porque em muitas situações poderemos prevenir.
Então, é preciso que se avance na questão da qualificação das pessoas e, ao mesmo tempo, também no aparelhamento, na aquisição de instrumentos que detectem e permitam prevenir que tais catástrofes, que tendem a aumentar, causem tantos estragos.
O terceiro aspecto que julgo extremamente importante é a questão do pós-acontecimento, pois muitas vezes esbarramos na burocracia, que atrapalha a recuperação, a reconstrução, a retomada da vida normal das famílias, dos municípios e das regiões.
E cito aqui um pequeno exemplo, o dos tornados. Eu acho que temos que facilitar as coisas depois que a catástrofe acontece. Há muita madeira tombada pela força dos ventos, mas se depender da legislação que está aí, não temos dúvida nenhuma, essa madeira vai apodrecer com o passar do tempo e não teremos permissão de utilizá-la na reconstrução daquilo que foi destruído. Isso é uma injustiça, e é preciso que se reveja e que se adotem medidas para que de fato se possa utilizar e não deixar ao relento, apodrecendo, estragando, no decorrer do tempo.
Estou citando esses exemplos para ilustrar, mas há tantas outras situações semelhantes e é preciso que possamos contar não só com a solidariedade, mas com menos burocracia, a fim de que as ações não emperrem, sejam agilizadas e as famílias e as pessoas possam voltar à sua vida normal.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Se prestarmos atenção, veremos por três momentos o povo de Santa Catarina ser altamente castigado e com reflexos profundos no que diz respeito ao ambiente, ao ecossistema do qual fazemos parte.
Só para trazer à memória, vivenciamos recentemente, em novembro de 2008, cheias e deslizamento que dizimaram muitas vidas no vale do Rio Itajaí. No primeiro semestre de 2009 tivemos uma estiagem fortíssima, que massacrou em torno de 130 municípios no estado de Santa Catarina. E neste mês tivemos outro momento dramático, com a morte de algumas pessoas - e poderia ter sido muito pior -, que foram os vendavais e os diferentes tornados que assolaram várias regiões do nosso estado. Então, diante desse acúmulo de ocorrências em nosso estado precisamos aprofundar o debate em torno das questões ambientais. É preciso aprofundar o tema, é preciso detectar ações práticas e concretas para que não soframos dramaticamente as conseqüências devido às questões ambientais.
Srs. deputados, existem estudos científicos que dão conta de que há uma tendência de que a cada ano o número de ocorrências catastróficas em diferentes regiões do nosso estado aumente. Isso nos remete ao segundo ponto que me parece extremamente importante, que é a questão da previsão desses fenômenos. E é nesse campo que acho que temos que aparelhar e qualificar cada vez mais a sociedade como um todo, mas também, não resta dúvida nenhuma, a Defesa Civil do estado, os municípios, porque em muitas situações poderemos prevenir.
Então, é preciso que se avance na questão da qualificação das pessoas e, ao mesmo tempo, também no aparelhamento, na aquisição de instrumentos que detectem e permitam prevenir que tais catástrofes, que tendem a aumentar, causem tantos estragos.
O terceiro aspecto que julgo extremamente importante é a questão do pós-acontecimento, pois muitas vezes esbarramos na burocracia, que atrapalha a recuperação, a reconstrução, a retomada da vida normal das famílias, dos municípios e das regiões.
E cito aqui um pequeno exemplo, o dos tornados. Eu acho que temos que facilitar as coisas depois que a catástrofe acontece. Há muita madeira tombada pela força dos ventos, mas se depender da legislação que está aí, não temos dúvida nenhuma, essa madeira vai apodrecer com o passar do tempo e não teremos permissão de utilizá-la na reconstrução daquilo que foi destruído. Isso é uma injustiça, e é preciso que se reveja e que se adotem medidas para que de fato se possa utilizar e não deixar ao relento, apodrecendo, estragando, no decorrer do tempo.
Estou citando esses exemplos para ilustrar, mas há tantas outras situações semelhantes e é preciso que possamos contar não só com a solidariedade, mas com menos burocracia, a fim de que as ações não emperrem, sejam agilizadas e as famílias e as pessoas possam voltar à sua vida normal.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)