Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 022ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 30/03/2011
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, gostaria, inicialmente, de registrar que, neste último domingo, no município de Mangueirinha, estado do Paraná, aconteceu o reassentamento de um grupo de famílias atingidas pela construção de barragens. E, claro, mesmo não atendendo aos anseios e às aspirações de todas as famílias atingidas, porque ultrapassam 1.500 famílias ao todo. Num empreendimento, apenas 43 famílias tiveram o privilégio de ser reassentadas numa área adquirida pela empresa que construiu a usina foz do Chapecó. Mas na inauguração do reassentamento, vimos estampada a alegria daquelas famílias, pois a conquista foi fruto da sua luta, da sua organização e da sua mobilização.
Estive presente àquele ato, juntamente com muitas outras lideranças de movimentos sociais, de organizações sociais e de entidades civis que têm acompanhado desde o início, principalmente, o trabalho que o movimento dos atingidos pelas barragens vem fazendo em todo o nosso estado e por este país afora.
Outro momento que queria trazer presente nesta minha manifestação é com relação à área da penitenciária aqui em Florianópolis. A área contém 50.000m² e sabemos que aqui no Poder Legislativo houve uma manifestação de autorização ao governo do estado para a venda daquela área.
Mas quero também fazer justiça ao governo do estado de Raimundo Colombo, que já manifestou, em algumas intervenções, a intenção de manter pública essa área, contrapondo exatamente aquilo que o Poder Legislativo, no passado, através de lei autorizativa, encaminhou ao governo.
Por outro lado, no reconhecimento da manutenção da área, sendo ela pública, gostaria, na minha intervenção, de propor ao governo de Santa Catarina que, ao invés de construir mais espaços físicos - ou aquilo que vem propondo, a construção de um hospital -, esses recursos que poderiam ser investidos na construção de um novo hospital fossem investidos em hospitais que já existem, melhorando a sua estrutura física, ampliando o atendimento e dando melhores condições para atender às demandas da nossa sociedade.
E naquele espaço, quem sabe, ao invés de fazermos mais um hospital, até porque temos partes de hospitais que não estão ocupando a sua função, possa ser criada uma área para a preservação da cultura, do lazer e, quem sabe, possamos, nessa mesma área, fazer uma Unidade de Pronto Atendimento, uma UPA, para atender às necessidades básicas da população, fazendo com que as pessoas possam ser atendidas com mais agilidade nas suas necessidades básicas e fundamentais e, ao mesmo tempo, por ser uma área grande, que possa atender à questão cultural, de lazer dos nossos cidadãos aqui do nosso município de Florianópolis.
Sabemos que amanhã haverá uma audiência pública aqui em Florianópolis para que possamos avançar nesse debate, nessa discussão, mantendo, sim, esse espaço público, estatal, mantido pelo estado, mas ampliar os atendimentos públicos, estatais como, por exemplo, a questão da cultura, do lazer e, mais propriamente, a questão do pronto atendimento através dessas unidades que têm dado enormemente certo em muitos outros municípios e regiões do nosso estado. Florianópolis carece desse atendimento mais rápido, mais ágil para a nossa população.
Portanto, quero deixar aqui esse apelo ao nosso governo do estado. Aliás, é elogiável a atitude do governador em manter pública essa área e, parece-me que tudo começa exatamente por esse procedimento, o governo do estado já tem manifestado isso, mas gostaria de propor que nessa área não se crie mais um hospital, que esse dinheiro seja investido para dar melhores condições de atendimento aos hospitais que temos aqui na capital e na Grande Florianópolis e, quem sabe até, nos nossos hospitais no interior do estado. E que essa área possa destinar-se ao pronto atendimento das necessidades da nossa população quanto à saúde e, por ser uma área enorme, de 56.000m², que ela possa também atender ao aspecto humano de elevação da autoestima das pessoas e que possa existir um atendimento em respeito ao cidadão, na manutenção de atividades culturais e do próprio lazer.
Por fim, gostaria de registrar o falecimento do nosso vice-presidente que deixa um testemunho fantástico para toda a sociedade. José Alencar teve uma consciência muito profunda em relação à vida, ao trabalho em defesa da vida e, sem dúvida nenhuma, engrandeceu a questão pública por ter sido alguém que viveu profundamente a relação política, humana e a vida como um todo.
Para concluir, sr. presidente, quero dizer que o nosso ex-vice-presidente, uma figura extraordinária, exemplar, que deixa um testemunho extraordinário de vida, de resistência, pode, sem dúvida nenhuma, engrandecer cada vez mais o agente político em nosso país.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Estive presente àquele ato, juntamente com muitas outras lideranças de movimentos sociais, de organizações sociais e de entidades civis que têm acompanhado desde o início, principalmente, o trabalho que o movimento dos atingidos pelas barragens vem fazendo em todo o nosso estado e por este país afora.
Outro momento que queria trazer presente nesta minha manifestação é com relação à área da penitenciária aqui em Florianópolis. A área contém 50.000m² e sabemos que aqui no Poder Legislativo houve uma manifestação de autorização ao governo do estado para a venda daquela área.
Mas quero também fazer justiça ao governo do estado de Raimundo Colombo, que já manifestou, em algumas intervenções, a intenção de manter pública essa área, contrapondo exatamente aquilo que o Poder Legislativo, no passado, através de lei autorizativa, encaminhou ao governo.
Por outro lado, no reconhecimento da manutenção da área, sendo ela pública, gostaria, na minha intervenção, de propor ao governo de Santa Catarina que, ao invés de construir mais espaços físicos - ou aquilo que vem propondo, a construção de um hospital -, esses recursos que poderiam ser investidos na construção de um novo hospital fossem investidos em hospitais que já existem, melhorando a sua estrutura física, ampliando o atendimento e dando melhores condições para atender às demandas da nossa sociedade.
E naquele espaço, quem sabe, ao invés de fazermos mais um hospital, até porque temos partes de hospitais que não estão ocupando a sua função, possa ser criada uma área para a preservação da cultura, do lazer e, quem sabe, possamos, nessa mesma área, fazer uma Unidade de Pronto Atendimento, uma UPA, para atender às necessidades básicas da população, fazendo com que as pessoas possam ser atendidas com mais agilidade nas suas necessidades básicas e fundamentais e, ao mesmo tempo, por ser uma área grande, que possa atender à questão cultural, de lazer dos nossos cidadãos aqui do nosso município de Florianópolis.
Sabemos que amanhã haverá uma audiência pública aqui em Florianópolis para que possamos avançar nesse debate, nessa discussão, mantendo, sim, esse espaço público, estatal, mantido pelo estado, mas ampliar os atendimentos públicos, estatais como, por exemplo, a questão da cultura, do lazer e, mais propriamente, a questão do pronto atendimento através dessas unidades que têm dado enormemente certo em muitos outros municípios e regiões do nosso estado. Florianópolis carece desse atendimento mais rápido, mais ágil para a nossa população.
Portanto, quero deixar aqui esse apelo ao nosso governo do estado. Aliás, é elogiável a atitude do governador em manter pública essa área e, parece-me que tudo começa exatamente por esse procedimento, o governo do estado já tem manifestado isso, mas gostaria de propor que nessa área não se crie mais um hospital, que esse dinheiro seja investido para dar melhores condições de atendimento aos hospitais que temos aqui na capital e na Grande Florianópolis e, quem sabe até, nos nossos hospitais no interior do estado. E que essa área possa destinar-se ao pronto atendimento das necessidades da nossa população quanto à saúde e, por ser uma área enorme, de 56.000m², que ela possa também atender ao aspecto humano de elevação da autoestima das pessoas e que possa existir um atendimento em respeito ao cidadão, na manutenção de atividades culturais e do próprio lazer.
Por fim, gostaria de registrar o falecimento do nosso vice-presidente que deixa um testemunho fantástico para toda a sociedade. José Alencar teve uma consciência muito profunda em relação à vida, ao trabalho em defesa da vida e, sem dúvida nenhuma, engrandeceu a questão pública por ter sido alguém que viveu profundamente a relação política, humana e a vida como um todo.
Para concluir, sr. presidente, quero dizer que o nosso ex-vice-presidente, uma figura extraordinária, exemplar, que deixa um testemunho extraordinário de vida, de resistência, pode, sem dúvida nenhuma, engrandecer cada vez mais o agente político em nosso país.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)