Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 084ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 13/09/2011
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, srs. deputados, aproveito a tarde de hoje para externar, deputado Neodi Saretta, v.exa. que manifestou solidariedade, no horário do Partido dos Trabalhadores, aos municípios do vale do Itajaí, nosso comprometimento com todas aquelas famílias que sentiram na pele as dores, o sofrimento causados pelas cheias.
Acompanhamos há dois anos o tornado que assolou a região oeste e destruiu centenas de propriedades. Vivenciamos a dura realidade e o sofrimento enfrentado por inúmeras famílias. Por isso, quero fazer coro aos inúmeros pronunciamentos da tarde de hoje que foram direcionados a lamentar a situação vivenciada por toda a região do vale do Itajaí, em virtude das últimas chuvas.
Gostaria também de registrar a 22ª Romaria da Terra e da Água, no meio-oeste, mais propriamente no município de Irani, palco da Guerra do Contestado, que neste momento completa 100 anos. Foi um grave conflito e centenas de pessoas perderam a vida de forma violenta. Entre elas haviam muitos caboclos que, em defesa da dignidade e do seu pedacinho de chão, perderam a própria vida.
A 22ª Romaria da Terra e da Água trouxe ao debate as questões climáticas, assunto extremamente oportuno em virtude da conjuntura que vivemos no estado e no país. Trata-se de um tema oportuno e estratégico, pois quando se fala de vida, fala-se em todos os contextos e dimensões que se possa imaginar.
Gostaria de destacar o grande número de pessoas presentes ao evento, vindas dos diferentes municípios do nosso estado e dos estados vizinhos, Paraná e Rio Grande do Sul, que também marcaram presença em Irani. Na oportunidade, além de debater as questões climáticas, fez-se uma memória histórica da Guerra do Contestado, relembrando algumas passagens e momentos que marcaram a vida catarinense e brasileira.
Então, gostaria de fazer esse registro, porque isso marca este momento de luta, mobilização e organização pela distribuição justa da terra para que possa emergir a dignidade à vida das pessoas.
Em vários momentos de minhas manifestações tenho trazido presente esse grande desafio que o Movimento dos Sem-Terra tem enfrentado ao longo de sua história. Nesse sentido, estivemos neste último sábado no município de Catanduvas, inaugurando o Assentamento Santa Rita, onde moram 29 famílias. O referido assentamento, com o apoio das prefeituras de Catanduvas e de Água Doce, busca progredir, avançar na busca da agregação de valor em culturas hoje cultivadas nos diferentes assentamentos daquela região.
Acho que foi dessa forma que conseguimos avançar nas diferentes políticas públicas ligadas à agricultura familiar, à agricultura camponesa, que precisa do apoio e da sustentação do setor público para permanecer na atividade, mas com dignidade e com qualidade de vida.
Então, estivemos reunidos entregando àquele assentamento mais uma unidade, entre tantas outras que deram certo em muitas regiões e em muitos assentamentos do nosso estado. Temos a Terra Viva e também outra unidade que agrega valor à abóbora, em Ponte Alta. Temos outras unidades no vale do rio do Peixe e em vários assentamentos de todo o estado de Santa Catarina. São experiências que estão dando certo, mas que precisam avançar para que a família da roça possa ter mais renda e qualidade de vida.
Era isso o que tinha a dizer, sr. presidente.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Acompanhamos há dois anos o tornado que assolou a região oeste e destruiu centenas de propriedades. Vivenciamos a dura realidade e o sofrimento enfrentado por inúmeras famílias. Por isso, quero fazer coro aos inúmeros pronunciamentos da tarde de hoje que foram direcionados a lamentar a situação vivenciada por toda a região do vale do Itajaí, em virtude das últimas chuvas.
Gostaria também de registrar a 22ª Romaria da Terra e da Água, no meio-oeste, mais propriamente no município de Irani, palco da Guerra do Contestado, que neste momento completa 100 anos. Foi um grave conflito e centenas de pessoas perderam a vida de forma violenta. Entre elas haviam muitos caboclos que, em defesa da dignidade e do seu pedacinho de chão, perderam a própria vida.
A 22ª Romaria da Terra e da Água trouxe ao debate as questões climáticas, assunto extremamente oportuno em virtude da conjuntura que vivemos no estado e no país. Trata-se de um tema oportuno e estratégico, pois quando se fala de vida, fala-se em todos os contextos e dimensões que se possa imaginar.
Gostaria de destacar o grande número de pessoas presentes ao evento, vindas dos diferentes municípios do nosso estado e dos estados vizinhos, Paraná e Rio Grande do Sul, que também marcaram presença em Irani. Na oportunidade, além de debater as questões climáticas, fez-se uma memória histórica da Guerra do Contestado, relembrando algumas passagens e momentos que marcaram a vida catarinense e brasileira.
Então, gostaria de fazer esse registro, porque isso marca este momento de luta, mobilização e organização pela distribuição justa da terra para que possa emergir a dignidade à vida das pessoas.
Em vários momentos de minhas manifestações tenho trazido presente esse grande desafio que o Movimento dos Sem-Terra tem enfrentado ao longo de sua história. Nesse sentido, estivemos neste último sábado no município de Catanduvas, inaugurando o Assentamento Santa Rita, onde moram 29 famílias. O referido assentamento, com o apoio das prefeituras de Catanduvas e de Água Doce, busca progredir, avançar na busca da agregação de valor em culturas hoje cultivadas nos diferentes assentamentos daquela região.
Acho que foi dessa forma que conseguimos avançar nas diferentes políticas públicas ligadas à agricultura familiar, à agricultura camponesa, que precisa do apoio e da sustentação do setor público para permanecer na atividade, mas com dignidade e com qualidade de vida.
Então, estivemos reunidos entregando àquele assentamento mais uma unidade, entre tantas outras que deram certo em muitas regiões e em muitos assentamentos do nosso estado. Temos a Terra Viva e também outra unidade que agrega valor à abóbora, em Ponte Alta. Temos outras unidades no vale do rio do Peixe e em vários assentamentos de todo o estado de Santa Catarina. São experiências que estão dando certo, mas que precisam avançar para que a família da roça possa ter mais renda e qualidade de vida.
Era isso o que tinha a dizer, sr. presidente.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)