Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 016ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 15/03/2011
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, da mesma forma dou as boas-vindas à Casa do Povo de Santa Catarina a todos os que vêm do querido oeste, mais propriamente da cidade de Maravilha.
Aproveito a oportunidade para trazer presente a esta tribuna dois assuntos, um deles referente àquilo que aconteceu na noite de ontem, neste plenário, quando realizamos uma sessão especial para difundir a Campanha da Fraternidade 2011.
Deputado Neodi Saretta, v.exa. marcou presença, juntamente com o deputado Dirceu Dresch e a companheira Luci Choinacki, quando a Igreja, através da CNBB, apresenta mais uma vez um tema estratégico, importante, fundamental na atual conjuntura em que vivemos no mundo, que é a vida no planeta, assunto que está em debate na Campanha da Fraternidade de 2011, que traz como lema A Criação Geme em Dores de Parto, inspirada na carta de São Paulo apóstolo, que escreveu à comunidade romana.
Foi um momento extraordinário, porque além de termos presentes inúmeras lideranças ligadas à Igreja, a pastorais que dão sustentação e amparo às atividades católicas, tivemos um grande público que acompanhou os diferentes testemunhos que foram dados e, ao mesmo tempo, vivenciou esse momento diferenciado dentro da Assembleia Legislativa.
Na oportunidade ocorreu ainda - e fizemo-lo em nome do Poder Legislativo - o reconhecimento e a entrega de placa ao arcebispo dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, que se está despedindo da Regional Sul da CNBB, para ser bispo primaz do Brasil.
O Poder Legislativo, pois, fez uma homenagem a essa extraordinária personalidade, que tem sido proficiente ao longo dos anos no exercício do seu ministério, tanto como padre quanto como bispo e arcebispo metropolitano de Florianópolis.
Acho que se vivenciou um momento importante e fundamental na vida da Igreja, que muitas vezes tem trazido à tona o tema da vida, da defesa da vida e o combate ao desequilíbrio ambiental, que nos últimos tempos tem-se agravado. A Igreja tem sido protagonista em orientar, questionar e conclamar a sociedade para que, através de ações concretas, amenize os problemas de todo o nosso planeta, pensando que as gerações futuras têm direito a uma vida melhor do que aquela que estamos vivendo.
A segunda reflexão que trago presente a esta tribuna é a questão das barragens. Estivemos, na última sexta-feira, reunidos em Itapiranga, divisa com o Rio Grande do Sul, no extremo oeste de Santa Catarina. Lá presenciamos um fato que a diferencia de todas as outras regiões onde existem iniciativas de construção de barragens. Ouvimos lá depoimentos de prefeitos e vereadores de todos os municípios que serão atingidos na eventualidade daquela barragem ser construída, e eles se posicionaram contra a construção.
Esse é um fato que deve ser realçado, porque os testemunhos de outras regiões onde barragens foram construídas dizem que, além de gerar todo um transtorno humano, social e ambiental, existe outro fator, o econômico, que foi determinante para que as autoridades e as famílias dos diferentes municípios, tanto de Santa Catarina como do Rio Grande do Sul, posicionassem-se contra qualquer iniciativa de construção da barragem.
Num levantamento minucioso feito há um bom tempo, em todos os municípios, constatou-se uma perda em torno de R$ 123 milhões, dinheiro que deixa de circular. Já o retorno decorrente da construção da barragem é de R$ 5 milhões anuais. Portanto, vai-se fazer a barragem em uma região sem levar em conta os impactos e a destruição ambiental e humana. Além disso, há o empobrecimento grande da população e dos municípios atingidos.
Então, tiramos como pontos para serem levados adiante e para num próximo momento ser feita uma discussão com a presidente da República e com o ministro das Minas e Energia, pedindo a retirada desse investimento do governo federal junto com as empresas do PAC - Plano de Aceleração e Crescimento. Foi pedida a retirada imediata para que aquela região possa continuar desenvolvendo-se e que esses recursos, muitos deles financiados com dinheiro público, possam ser investidos em programas de desenvolvimento humano, social, com políticas públicas, naquela região, naquelas famílias e naqueles municípios todos que serão atingidos.
Para concluir, sr. presidente, trago o testemunho, o depoimento, e a construção da pauta daqueles municípios que lutam para não ser expropriados, massacrados, como tantos outros o foram, pois suas famílias ainda estão na expectativa de ser indenizadas, a fim de poderem continuar na agricultura familiar.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Aproveito a oportunidade para trazer presente a esta tribuna dois assuntos, um deles referente àquilo que aconteceu na noite de ontem, neste plenário, quando realizamos uma sessão especial para difundir a Campanha da Fraternidade 2011.
Deputado Neodi Saretta, v.exa. marcou presença, juntamente com o deputado Dirceu Dresch e a companheira Luci Choinacki, quando a Igreja, através da CNBB, apresenta mais uma vez um tema estratégico, importante, fundamental na atual conjuntura em que vivemos no mundo, que é a vida no planeta, assunto que está em debate na Campanha da Fraternidade de 2011, que traz como lema A Criação Geme em Dores de Parto, inspirada na carta de São Paulo apóstolo, que escreveu à comunidade romana.
Foi um momento extraordinário, porque além de termos presentes inúmeras lideranças ligadas à Igreja, a pastorais que dão sustentação e amparo às atividades católicas, tivemos um grande público que acompanhou os diferentes testemunhos que foram dados e, ao mesmo tempo, vivenciou esse momento diferenciado dentro da Assembleia Legislativa.
Na oportunidade ocorreu ainda - e fizemo-lo em nome do Poder Legislativo - o reconhecimento e a entrega de placa ao arcebispo dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, que se está despedindo da Regional Sul da CNBB, para ser bispo primaz do Brasil.
O Poder Legislativo, pois, fez uma homenagem a essa extraordinária personalidade, que tem sido proficiente ao longo dos anos no exercício do seu ministério, tanto como padre quanto como bispo e arcebispo metropolitano de Florianópolis.
Acho que se vivenciou um momento importante e fundamental na vida da Igreja, que muitas vezes tem trazido à tona o tema da vida, da defesa da vida e o combate ao desequilíbrio ambiental, que nos últimos tempos tem-se agravado. A Igreja tem sido protagonista em orientar, questionar e conclamar a sociedade para que, através de ações concretas, amenize os problemas de todo o nosso planeta, pensando que as gerações futuras têm direito a uma vida melhor do que aquela que estamos vivendo.
A segunda reflexão que trago presente a esta tribuna é a questão das barragens. Estivemos, na última sexta-feira, reunidos em Itapiranga, divisa com o Rio Grande do Sul, no extremo oeste de Santa Catarina. Lá presenciamos um fato que a diferencia de todas as outras regiões onde existem iniciativas de construção de barragens. Ouvimos lá depoimentos de prefeitos e vereadores de todos os municípios que serão atingidos na eventualidade daquela barragem ser construída, e eles se posicionaram contra a construção.
Esse é um fato que deve ser realçado, porque os testemunhos de outras regiões onde barragens foram construídas dizem que, além de gerar todo um transtorno humano, social e ambiental, existe outro fator, o econômico, que foi determinante para que as autoridades e as famílias dos diferentes municípios, tanto de Santa Catarina como do Rio Grande do Sul, posicionassem-se contra qualquer iniciativa de construção da barragem.
Num levantamento minucioso feito há um bom tempo, em todos os municípios, constatou-se uma perda em torno de R$ 123 milhões, dinheiro que deixa de circular. Já o retorno decorrente da construção da barragem é de R$ 5 milhões anuais. Portanto, vai-se fazer a barragem em uma região sem levar em conta os impactos e a destruição ambiental e humana. Além disso, há o empobrecimento grande da população e dos municípios atingidos.
Então, tiramos como pontos para serem levados adiante e para num próximo momento ser feita uma discussão com a presidente da República e com o ministro das Minas e Energia, pedindo a retirada desse investimento do governo federal junto com as empresas do PAC - Plano de Aceleração e Crescimento. Foi pedida a retirada imediata para que aquela região possa continuar desenvolvendo-se e que esses recursos, muitos deles financiados com dinheiro público, possam ser investidos em programas de desenvolvimento humano, social, com políticas públicas, naquela região, naquelas famílias e naqueles municípios todos que serão atingidos.
Para concluir, sr. presidente, trago o testemunho, o depoimento, e a construção da pauta daqueles municípios que lutam para não ser expropriados, massacrados, como tantos outros o foram, pois suas famílias ainda estão na expectativa de ser indenizadas, a fim de poderem continuar na agricultura familiar.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)