Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 082ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 22/09/2009
O SR. DEPUTADO CÍRIO VANDRESEN - Obrigado, sr. presidente, gostaria de saudar as deputadas e os deputados desta Casa, os servidores, a sociedade catarinense que nos acompanha através da TVAL e da Rádio Alesc Digital.
Quero registrar aqui, presidente Jailson Lima, a presença do nosso grande amigo prefeito de Agrolândia que, com a sua equipe, visita este Parlamento. Desejamos que ele continue nesse desafio de fazer uma administração diferenciada no alto vale, na nossa querida Agrolândia.
Sr. presidente, assomo à tribuna para, na minha manifestação pessoal, discutir um assunto muito importante, que é a questão da sustentabilidade do desenvolvimento ou o chamado desenvolvimento sustentável.
Quero relatar uma experiência que ainda é embrionária, mesmo porque foi iniciada nos anos de 2001 e 2002, nas encostas da serra Geral, onde, através da Agreco - Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral -, foi constituído o Fórum dos Pequenos Municípios das Encostas da Serra Geral, porque muitas vezes a infraestrutura, os serviços básicos necessários ao desenvolvimento das cidades e para o atendimento dos cidadãos e das cidadãs nem sempre são prioritários nos governos estaduais.
Portanto, a Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral, que engloba Santa Rosa de Lima, Anitápolis, Rancho Queimado, Angelina, São Bonifácio, Alfredo Wagner, Rio Fortuna, Braço do Norte, Grão Pará, São Ludgero, Orleans, Gravatal, Armazém, São Martinho e Águas Mornas, tem demonstrado, através da articulação entre as diferentes comissões de trabalho constituídas (Infraestrutura, Educação, Saúde, Agricultura e de Meio Ambiente), que é possível, através de ações ordenadas e articuladas, buscar um novo modelo de desenvolvimento, em que a ação humana, através do processo produtivo, seja menos impactante do ponto de vista entrópico, do ponto de vista do custo ambiental que todos causamos ao meio ambiente.
Por isso, deputado Décio Góes, de nada adiantaria, hoje, todos deixarmos os nossos veículos em casa e utilizarmos a bicicleta, se amanhã voltarmos ao mesmo modelo de desenvolvimento que continua gerando desordem, impacto e provocando degradação do meio ambiente, deputado Professor Grando.
E gostaria de sugerir que as SDRs, que nasceram com esse intuito, pudessem espelhar-se e buscar, através desse fórum dos pequenos municípios, algumas ações e experiências propiciem o estabelecimento de um novo modelo de desenvolvimento, no qual a agroecologia, o agroturismo e o consórcio gerem uma melhor qualidade de vida para a população.
Todos sabemos que antes da onda emancipacionista, ou seja, até 1988, Santa Rosa de Lima era o menor município do Brasil. E alguém perguntou para um professor de Santa Rosa de Lima o seguinte: "Santa Rosa de Lima fica perto da onde?" E ele respondeu que ficava longe de tudo por causa das dificuldades de acesso, devido à ausência de políticas públicas do poder público. E a partir dessa experiência, certamente Santa Rosa de Lima e esses municípios das encostas da serra Geral, nesses últimos anos, têm sido muito visitados, em virtude dessa bela experiência, principalmente do agroturismo e da agroecologia que vêm sendo desenvolvidos lá desde 1996.
Portanto, eu gostaria de chamar a atenção desta Casa, da secretaria de Educação e do governo do estado de Santa Catarina para o seguinte: já que nesses municípios procura-se estimular a produção de alimentos; já que se procura estimular um modelo de desenvolvimento econômico para a agricultura que gere menos impacto no meio ambiente, um modelo de agricultura em que se cuide bem da terra, dos recursos naturais, da água, da saúde de quem produz e, na outra ponta, da saúde de quem consome, por que não aproveitar essa experiência, essa produção e esses produtos no mercado institucional, em que o governo federal oferece os recursos para subsidiar as refeições na alimentação escolar, nos hospitais públicos, nos restaurantes universitários, nos restaurantes populares e, ao mesmo tempo, nas penitenciárias de Santa Catarina?
Seguramente, se pudermos apropriar-nos dessa experiência ocupando o mercado dos espaços institucionais, diminuiremos o êxodo rural e teremos uma política de afirmação para que o agricultor e a agricultora familiar possam prosperar e estancar o êxodo rural, dando qualidade de vida a essa população. E, ao mesmo tempo, que essa população, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, ofereça a todos nós que moramos na cidade alimentos de melhor qualidade.
Por isso, quero enaltecer o trabalho dos prefeitos de Santa Rosa de Lima e de Rancho Queimado, que são defensores dessa causa, dessa articulação do fórum, das ações que o fórum produz nesse território. E, além disso, quero dizer que esta Casa, este parlamentar e, certamente, todos os srs. parlamentares e as sras. parlamentares estão abertos para colher novas sugestões, programas, projetos e ações que possam melhorar a qualidade de vida da população.
Ao terminar, quero registrar a minha presença, ontem, no município de Imbituba, onde, nos anos de 1994, 1995 e 1996, tive oportunidade de trabalhar. Visitei algumas emissoras de rádio, algumas lideranças, algumas organizações e algumas instituições, e pudemos perceber que o referido município continua com muitas expectativas desde a instalação da ZPE - Zona de Processamento de Exportação.
Quando foi instalada a ZPE em Imbituba, eu estava lá e o fato gerou uma grande expectativa, mas até hoje nada aconteceu. Então, nós não podemos gerar decepções para a nossa população. Nós precisamos buscar ações e políticas que possam gerar empregos, constituir renda e gerar dignidade ao povo de nossas cidades e de nosso estado.
Por isso, parabéns àquelas lideranças que se contrapõem a esse modelo e a essas ações. E esperamos poder buscar alternativas para melhorar a qualidade de vida do povo de Imbituba.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quero registrar aqui, presidente Jailson Lima, a presença do nosso grande amigo prefeito de Agrolândia que, com a sua equipe, visita este Parlamento. Desejamos que ele continue nesse desafio de fazer uma administração diferenciada no alto vale, na nossa querida Agrolândia.
Sr. presidente, assomo à tribuna para, na minha manifestação pessoal, discutir um assunto muito importante, que é a questão da sustentabilidade do desenvolvimento ou o chamado desenvolvimento sustentável.
Quero relatar uma experiência que ainda é embrionária, mesmo porque foi iniciada nos anos de 2001 e 2002, nas encostas da serra Geral, onde, através da Agreco - Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral -, foi constituído o Fórum dos Pequenos Municípios das Encostas da Serra Geral, porque muitas vezes a infraestrutura, os serviços básicos necessários ao desenvolvimento das cidades e para o atendimento dos cidadãos e das cidadãs nem sempre são prioritários nos governos estaduais.
Portanto, a Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral, que engloba Santa Rosa de Lima, Anitápolis, Rancho Queimado, Angelina, São Bonifácio, Alfredo Wagner, Rio Fortuna, Braço do Norte, Grão Pará, São Ludgero, Orleans, Gravatal, Armazém, São Martinho e Águas Mornas, tem demonstrado, através da articulação entre as diferentes comissões de trabalho constituídas (Infraestrutura, Educação, Saúde, Agricultura e de Meio Ambiente), que é possível, através de ações ordenadas e articuladas, buscar um novo modelo de desenvolvimento, em que a ação humana, através do processo produtivo, seja menos impactante do ponto de vista entrópico, do ponto de vista do custo ambiental que todos causamos ao meio ambiente.
Por isso, deputado Décio Góes, de nada adiantaria, hoje, todos deixarmos os nossos veículos em casa e utilizarmos a bicicleta, se amanhã voltarmos ao mesmo modelo de desenvolvimento que continua gerando desordem, impacto e provocando degradação do meio ambiente, deputado Professor Grando.
E gostaria de sugerir que as SDRs, que nasceram com esse intuito, pudessem espelhar-se e buscar, através desse fórum dos pequenos municípios, algumas ações e experiências propiciem o estabelecimento de um novo modelo de desenvolvimento, no qual a agroecologia, o agroturismo e o consórcio gerem uma melhor qualidade de vida para a população.
Todos sabemos que antes da onda emancipacionista, ou seja, até 1988, Santa Rosa de Lima era o menor município do Brasil. E alguém perguntou para um professor de Santa Rosa de Lima o seguinte: "Santa Rosa de Lima fica perto da onde?" E ele respondeu que ficava longe de tudo por causa das dificuldades de acesso, devido à ausência de políticas públicas do poder público. E a partir dessa experiência, certamente Santa Rosa de Lima e esses municípios das encostas da serra Geral, nesses últimos anos, têm sido muito visitados, em virtude dessa bela experiência, principalmente do agroturismo e da agroecologia que vêm sendo desenvolvidos lá desde 1996.
Portanto, eu gostaria de chamar a atenção desta Casa, da secretaria de Educação e do governo do estado de Santa Catarina para o seguinte: já que nesses municípios procura-se estimular a produção de alimentos; já que se procura estimular um modelo de desenvolvimento econômico para a agricultura que gere menos impacto no meio ambiente, um modelo de agricultura em que se cuide bem da terra, dos recursos naturais, da água, da saúde de quem produz e, na outra ponta, da saúde de quem consome, por que não aproveitar essa experiência, essa produção e esses produtos no mercado institucional, em que o governo federal oferece os recursos para subsidiar as refeições na alimentação escolar, nos hospitais públicos, nos restaurantes universitários, nos restaurantes populares e, ao mesmo tempo, nas penitenciárias de Santa Catarina?
Seguramente, se pudermos apropriar-nos dessa experiência ocupando o mercado dos espaços institucionais, diminuiremos o êxodo rural e teremos uma política de afirmação para que o agricultor e a agricultora familiar possam prosperar e estancar o êxodo rural, dando qualidade de vida a essa população. E, ao mesmo tempo, que essa população, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, ofereça a todos nós que moramos na cidade alimentos de melhor qualidade.
Por isso, quero enaltecer o trabalho dos prefeitos de Santa Rosa de Lima e de Rancho Queimado, que são defensores dessa causa, dessa articulação do fórum, das ações que o fórum produz nesse território. E, além disso, quero dizer que esta Casa, este parlamentar e, certamente, todos os srs. parlamentares e as sras. parlamentares estão abertos para colher novas sugestões, programas, projetos e ações que possam melhorar a qualidade de vida da população.
Ao terminar, quero registrar a minha presença, ontem, no município de Imbituba, onde, nos anos de 1994, 1995 e 1996, tive oportunidade de trabalhar. Visitei algumas emissoras de rádio, algumas lideranças, algumas organizações e algumas instituições, e pudemos perceber que o referido município continua com muitas expectativas desde a instalação da ZPE - Zona de Processamento de Exportação.
Quando foi instalada a ZPE em Imbituba, eu estava lá e o fato gerou uma grande expectativa, mas até hoje nada aconteceu. Então, nós não podemos gerar decepções para a nossa população. Nós precisamos buscar ações e políticas que possam gerar empregos, constituir renda e gerar dignidade ao povo de nossas cidades e de nosso estado.
Por isso, parabéns àquelas lideranças que se contrapõem a esse modelo e a essas ações. E esperamos poder buscar alternativas para melhorar a qualidade de vida do povo de Imbituba.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)